Barras de proteção entre as pistas de ultrapassagem proibida, evitaria as colisões frontais.
O que mais mata nas rodovias Brasileiras é a impaciência dos motoristas, que não suportam ficar atrás dos comboios ou mesmo dos veículos mais lentos. Resultado: os malucos ultrapassam nas faixas contínuas e dão de cara com outros veículos do outro lado. Existem ações possíveis e uma delas é a fiscalização e aplicação de multas. Mas parece que a impaciência é mais forte que o medo das punições...e o povo continua morrendo imprensado nas ferragens.
Eu já abordei isso em outro post, mas antes de duplicar, talvez alguma medidas poderiam salvar muitas vidas. Uma delas seria a instalação de algum tipo de barreiras físicas entre as faixas contínuas. Outra seria a instalação de dispositivos de segurança. Os radares já cumprem esse papel, mas o povo parece não temer o que não visualiza e parece que a pressa é maior que o medo. Mas, talvez se houvesse câmeras de segurança instaladas e com pleno conhecimento dos motoristas, além de punições exemplares, aí sim teríamos uma redução sensível no número de acidentes e consequentemente, na estatística de óbitos.
Mas vejam matéria que saiu no Estado de Minas à respeito...
Batidas de frente matam mais nas estradas de Minas70% das mortes ocorridas em acidentes durante o feriado prolongado foram provocadas por colisões frontais
Publicação: 02/04/2013 06:00 Atualização: 02/04/2013 07:12
Em meio às discussões sobre a majoração do valor da multa para ultrapassagens proibidas nas estradas, o número de mortos nas rodovias de Minas Gerais durante a semana santa mostra que de fato este é um grande problema. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 70% das mortes ocorridas em acidentes durante o feriado prolongado foram provocadas por colisões frontais, o que na maioria dos casos é o resultado de uma ultrapassagem perigosa e desrespeito às leis de trânsito. O endurecimento da punição, porém, deve ser um aliado a um ponto considerada por especialistas ainda mais fundamental: a duplicação das rodovias. O aumento do valor da multa por si só, dizem eles, seria uma medida paliativa. De acordo com o balanço da PRF e da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), 33 pessoas morreram nas estradas de Minas. Dos 14 acidentes com mortes nas rodovias federais que cortam o estado, oito ocorreram por colisão frontal.
Ano passado, a PRF emitiu 6.583 multas por ultrapassagem em trechos proibidos. Nas rodovias 381 e 116, que sempre somam o maior número de vítimas, essa foi a principal infração. Já na BR-040, a ultrapassagem proibida ocupa a terceira posição no ranking de multas. “As carretas acabam formando comboios e a ansiedade faz com que o motorista do carro menor tente se arriscar mais”, explica o professor de engenharia de transporte e trânsito da Fumec, Márcio Aguiar. “As estradas mineiras já ultrapassaram completamente a sua capacidade e têm necessidade urgentíssima de serem duplicadas”.
Entre o dia 28 de março e a manhã de ontem, nas estradas estaduais e rodovias federais delegadas, foram 287 acidentes, com dez mortes e 249 feridos. Em 2012, também na semana santa, a Polícia Militar PMRv registrou 382 acidentes com 18 mortes. Este ano, 69 motoristas foram presos por embriaguez ao volante, contra 44 no feriadão do ano passado. Já nas estradas federais, a PRF atendeu 348 acidentes, que provocaram 23 mortes e deixaram 215 feridos. Em comparação com a semana santa do ano passado, quando 18 pessoas morreram, houve aumento no número de mortos de 27,7%.
O registro mais grave foi na BR-040, em Três Marias, na Região Central. O acidente ocorreu na altura do km 300, em uma curva conhecida pelo alto índice de ocorrências. O motorista do Voyage perdeu o controle e invadiu a pista contrária, se chocando com uma carreta. Cinco pessoas morreram na hora. Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, três homens morreram e dois ficaram feridos numa batida entre um Palio Weekend e uma carreta bitrem. O carro invadiu a contramão. Segundo o inspetor Adilson Souza, do setor de Comunicação da PRF em Minas, o aumento da multa é sugestão do órgão. Técnicos dos ministérios da Justiça e das Cidades já elaboram um substitutivo a projeto que atualiza o Código de Trânsito e tramita na Câmara. “É preciso focar na formação de condutores e investir na malha viária, mas a imprudência é um problema”, diz Souza.
